CONSIDERAÇÕES SOBRE O PROCESSO DE ESTÁGIO
Observei atentamente uma classe do segundo ano do Ensino Médio e detectei uma falha em cima da qual eu iniciei o meu trabalho. Percebi que a linguagem utilizada não aproximava o aluno da disciplina, pelo contrário, terminava por afastá-los. Então sai à procura dos textos que pudessem atraí-los e provocar uma aproximação. Decidi pela crônica. Essa escolha muito colaborou com meu trabalho, pois todos se envolveram na realização de todas as atividades com destreza e espírito de colaboração.
Dessa vez lidando unicamente com jovens, pude constatar que trabalhar com eles é deveras um desafio interessante. Portanto a questão levantada por Freire (2004) que trata do inacabamento, ou seja, os professores precisam estar em constante formação, é bastante válido para todos. Essa busca pela continuidade é necessária para atuarmos melhor, já que vivemos num mundo globalizado onde velocidade e precisão são muito valorizadas. Portanto, se a mídia tem formado o caráter dos nossos jovens, temos que recorrer a ela como objeto de atração para a consolidação do aprendizado, mas sem esquecer-se de difundir os valores que constituem a magnitude do ser humano na firmeza dos laços que consolidam as famílias.
Estagiei com olhar aprendiz, de quem absorve e retém o que é produtivo e que se abstém de práticas arbitrárias. Minha atração pelo trabalho, motivada por uma vocação que teve de esperar anos por uma clausura forçada pela escolha de dar prioridade à criação dos filhos, superou o medo de falhar diante de uma platéia formada por estudantes de uma escola particular que possuem prática de leitura (são dois livros por bimestre) constante. Superada a barreira da insegurança, pude atuar com persuasão, pois tinha planejado com antecedência as aulas e em minhas mãos estavam os recursos necessários, assim sendo, os resultados foram satisfatórios, pois alcancei os objetivos ao qual me tinha proposto.
Diante dessa experiência riquíssima, pude perceber que é possível incentivar os alunos a constatar que a Literatura, como arte da palavra, constitui-se em um poderoso instrumento de comunicação, permitindo a transmissão dos conhecimentos e da cultura de uma sociedade. Desta feita, ele deve posicionar-se como sujeito transformador e, portanto, sentir-se no direito de apropriar-se desse recurso tão precioso, para com ele marcar a sua caminhada pelos átrios do universo.
2 Responses
  1. Oiii !
    Que bom que você conseguiu entrenter de alguma forma, e se aliar a "geração tevê", professores deveriam fazer o mesmo, porque hoje em dia é assim mesmo, o que interessa é visto, o que não, não tem esforço para ser querido... você é professora de qual matéria ?

    Beeeeijos!